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Cérebro e intestino

Novas descobertas sobre microbiota intestinal e saúde mental

As primeiras pesquisas sobre a relação entre a microbiota intestinal e a saúde mental dos seres humanos começaram a ser realizadas ainda no início do século 20. A constatação de que pacientes internados com depressão também sofriam com prisão de ventre foi o que chamou atenção dos pioneiros nessa investigação.

Desde então, a relação entre o intestino e o cérebro foi cada vez mais comprovada e hoje os cientistas não têm dúvidas em afirmar que os micro-organismos que vivem no sistema digestivo influenciam a saúde mental.

Atualmente, os estudiosos trabalham para desenvolver novos tratamentos para os males como a depressão e a ansiedade, baseados no manejo da microbiota intestinal. Essas terapias serão muito benéficas para as pessoas que têm no desequilíbrio das bactérias intestinais a origem do problema.

O que os estudos mais recentes dizem

Os estudos mais recentes concluíram, entre outros achados, que a microbiota intestinal tem influência direta sobre a forma como os precursores de neurotransmissores como a serotonina e a dopamina são metabolizados. 

Os micróbios intestinais atuam sobre a resposta do nervo vago (que liga o cérebro ao intestino), liberando mensageiros químicos que influenciam a atividade cerebral.

Na outra via dessa relação, a atividade cerebral também influencia a composição e o equilíbrio da microbiota intestinal. Foi o que pesquisas que identificaram como o estresse desencadeia respostas inflamatórias no trato intestinal constataram.

Todas essas descobertas apontam que é preciso seguir o caminho investigativo sobre a relação entre a microbiota intestinal e a saúde mental. Essa relação não é simples e está longe de ser desvendada em sua totalidade.