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Medicamentos biológicos e biossimilares: evolução no tratamento das DIIs

Novos medicamentos biológicos para tratamento de doenças inflamatórias

Os medicamentos biológicos e os biossimilares são utilizados no tratamento de diversas doenças crônicas e ajudam a melhorar a qualidade de vida dos pacientes. No caso das Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs) eles trouxeram enormes benefícios, como a cicatrização da mucosa intestinal, impedindo o avanço dessas enfermidades.

Para quem não sabe, as DIIs são inflamações que acometem o intestino e podem levar a uma série de sintomas. As mais conhecidas são a retocolite ulcerativa e a Doença de Crohn. São doenças crônicas que não têm cura, mas quando bem acompanhadas é possível melhora significativa

O que são medicamentos biológicos?

São produzidos a partir de uma matriz biológica: célula viva, tecido, órgão ou bactérias. Em muitos casos, eles têm a capacidade de aumentar a resposta imune do corpo.

E os biossimilares?

São medicamentos que têm o mesmo mecanismo de ação de um biológico. Porém, não são idênticos. Os medicamentos biológicos demandam tecnologias complexas para sua produção e isso eleva os custos. A quebra de patentes dos medicamentos biológicos veio permitir a produção de biossimilares.

Porque foram criados os biossimilares?

Para melhorar o acesso, a disponibilidade. Como o custo de produção é menor, é possível oferecer uma medicação de alta qualidade com um custo mais baixo. Isso é fundamental para que o tratamento seja mais acessível. Para um biossimilar ser aprovado, ele precisa passar por uma série de testes. No Brasil, a Anvisa e a ANS avaliam a efetividade desses medicamentos e aprovam seu uso.

Quem pode usar?

Nem todos os pacientes com doenças inflamatórias intestinais precisam de #medicamentos biológicos. O médico irá fazer uma avaliação individualizada e acompanhar a evolução da doença e a resposta aos tratamentos.

As indicações mais comuns para o uso dos biológicos em pacientes com doença de Crohn e retocolite ulcerativa envolve casos de doença moderada a grave, que não responderam ao tratamento com os medicamentos da terapia convencional (geralmente imunossupressores e corticoides) ou, ainda, quando apresentaram alguma reação adversa a esses medicamentos.

Qual a diferença entre medicamentos biológicos e imunossupressores?

Os imunossupressores suprimem a ação do sistema imunológico, enquanto os biológicos modelam a resposta imunológica.

Como é a prescrição de um  medicamento biológico?

Primeiro o paciente precisa passar por uma série de exames (teste tuberculínico, exames para IST, função hepática, pancreática, hemograma, raio-X de tórax) para saber se pode receber com segurança esses medicamentos. É necessária uma liberação do convênio ou SUS, o que demanda um relatório médico de indicação, além de todos os outros documentos e exames exigidos para essa liberação.

Intercambiabilidade, o que é isso?

É a possibilidade de troca do #medicamento biológico pelo biossimilar, sem prejuízo para o paciente em relação ao mecanismo de ação. Atualmente, existem evidências científicas que comprovam a eficácia e segurança dos biossimilares. No entanto, a troca de marcas de biossimilares durante o tratamento causa preocupação entre médicos e pacientes.

Essas trocas podem ocorrer devido às necessidades do sistema de saúde (no caso de licitações, por exemplo) e não parecem ter nenhum critério pré-estabelecido. Assim, quando há descontinuidade, troca de marca de medicamentos, não se pode garantir efetividade e segurança.