#OutubroRosa – Arte para falar de temas difíceis
Todos os anos, durante o mês de outubro, o mundo inteiro se envolve no movimento de conscientização sobre o câncer de mama, considerando especialmente a sua prevenção a partir do diagnóstico precoce. Afinal, quando identificado em suas fases iniciais, os casos têm um melhor prognóstico e melhores resultados no tratamento, o que aumenta as chances de cura e proporciona melhor qualidade de vida.
E nessa corrente de conscientização, todos podem ajudar! Palestras, rodas de conversa, apresentações culturais e outras ações são realizadas ao longo do Outubro Rosa, chamando a atenção de todas as mulheres para a importância do autoexame de mama e da realização da mamografia.
Essa informação de qualidade ajuda a salvar vidas porque colabora no processo de descoberta da doença. Precisamos transformar as informações técnicas em explicação simplificada para que as pessoas entendam a importância do diagnóstico precoce e, quando houver um diagnóstico, a mulher tenha conhecimento sobre a doença.
Por isso, eu trago aqui as perguntas mais comuns sobre o câncer de mama e uma explicação bem acessível sobre cada uma delas:
Alguém está imune ao câncer de mama?
Não! Todos, incluindo pessoas jovens e saudáveis, possuem algum risco de desenvolver a doença, mas alguns perfis exigem atenção redobrada. Apenas cerca de 10% dos casos são “herdados”. O restante envolve outros fatores, como envelhecimento, alimentação e estilo de vida.
É impossível prevenir a doença?
Não existem dicas mágicas para se livrar do risco, mas é comprovado que algumas mudanças de hábito podem reduzi-lo. A recomendação é fazer exercícios físicos e ter hábitos alimentares saudáveis, evitando o excesso de açúcar e alimentos processados. Para uma dieta segura, a sugestão é investir em frutas e vegetais coloridos, grãos integrais e fontes saudáveis de proteínas como o peixe e feijão.
Câncer de mama é exclusivo ao sexo feminino?
Não. Cerca de 1% dos casos da doença acomete pessoas do sexo masculino, geralmente acima dos 60 anos. A forma de identificar o câncer é o autoexame: fique atento a sinais como caroços ou inchaços, secreções ou retração no mamilo, ou dores unilaterais nas mamas.
O autoexame é suficiente para identificar o câncer?
Não! O autoexame é um aliado para despertar a consciência corporal, mas não é capaz de flagrar o início de um tumor, fase em que as irregularidades, como pequenos nódulos e microcalcificações, não podem ser identificadas manualmente. A mamografia, portanto, é fundamental para o diagnóstico precoce. Quanto menor a lesão identificada, maior a chance de cura.
Desodorante ou silicone causam câncer de mama?
Não existem evidências médicas sobre nenhuma destas ligações. No entanto, no caso do desodorante, podem existir substâncias com potencial cancerígeno em alguns destes produtos — exemplos são alumínios e ftalatos. Em todo caso, vale ter um cuidado especial, sem alarme, com as fórmulas de todos os cosméticos e produtos de higiene. No caso das próteses de silicone, as evidências de alguma conexão com o câncer de mama também são escassas.
E o anticoncepcional?
Sim, o risco aumenta com o uso do anticoncepcional, de acordo com o tempo de uso — isto vale tanto para quem o utiliza atualmente, ou já utilizou no passado. O alerta vale para todo método contraceptivo que contenha hormônio em sua formulação, independente da marca ou tipo.
Traumas, batidas ou “apertões” provocam câncer de mama?
Não! Traumas externos não são capazes de iniciar um tumor, isso ocorre por conta de alterações dentro das células. Isto vale, também, para um sutiã apertado demais — apesar do mito, não há comprovações de que cor, material ou modo de uso destas peças causem câncer. O aperto pode causar, no entanto, problemas de postura e dores no corpo.
Agora que você já entendeu um pouquinho mais sobre a doença, lembre de manter os exames em dia! Consulte um mastologista ou ginecologista e proteja a sua saúde!