Feugiat nulla facilisis at vero eros et curt accumsan et iusto odio dignissim qui blandit praesent luptatum zzril.
+ (123) 1800-453-1546
clinic@qodeinteractive.com

Related Posts

Seg. - Sex.: 9:00h - 18:00h Expediente
Prep e o aumento das infecções sexualmente transmissíveis

Prep e o aumento das infecções sexualmente transmissíveis

A Profilaxia Pré-Exposição de risco à infecção pelo HIV, mais conhecida como PrEP, é uma combinação de dois medicamentos antirretrovirais em um único comprimido. É usada de modo preventivo, por pessoas que não têm a doença, antes do ato sexual, para impedir que o HIV se estabeleça e se espalhe pelo corpo. Quando esse medicamento é tomado da maneira correta, com boa adesão, é bastante eficaz contra o vírus HIV.

Quem pode usar a PrEP?

A PrEP é prescrita para pessoas em situação de vulnerabilidade e que tenham práticas de maior risco para infecção pelo HIV. Exemplos:

  • Travestis e transexuais;
  • Gays e homens que fazem sexo com homens;
  • Trabalhadores do sexo;
  • Casais sorodiferentes (um tem HIV e o outro não) que têm relações sexuais sem usar camisinha ou que tenham Infecções Sexualmente transmissíveis (IST).

PrEP deve estar associada a preservativo?

A PrEP não previne ISTs como sífilis, gonorreia e clamídia. Assim, a recomendação é que as pessoas não deixem de usar a camisinha.

Pesquisa

Para avaliar o perfil de adesão à PrEP, as mudanças no comportamento sexual entre as pessoas que fazem uso desse medicamento e a ocorrência de ISTs depois do início dos comprimidos, o infectologista Ricardo Vasconcelos, da Faculdade de Medicina da USP, realizou sua tese de doutorado. Saiba mais sobre esse estudo:

– foram acompanhados 450 participantes homens gays/bissexuais e mulheres trans/travestis nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. O perfil incluiu critérios de alto risco de infecção por HIV.

– Além de receber a PrEP gratuitamente, eles foram acompanhados com consultas trimestrais para rastreamento de ISTs.

Os resultados mostraram:

– 74% dos participantes tinham evidência laboratorial de alguma IST antes de iniciar o uso da PrEP, o que comprova sua alta vulnerabilidade a essas infecções.

– Durante os dois primeiros anos de acompanhamento, foi identificada a ocorrência de outros: 36 casos de gonorreia, 45 de clamídia, 70 de sífilis e 17 de herpes genital.

– 78% dos participantes estavam tomando a PrEP de forma adequada.

–  32% dos incluídos perceberam alteração no seu comportamento sexual após início da PrEP.

– Entre os participantes que disseram ter desinibição no comportamento sexual após o início da PrEP, não houve um número maior de casos de ISTs incidentes.

– Entre aqueles que já tinham tido alguma IST prévia e que afirmaram ser trabalhadores do sexo ou usuários de drogas recreativas, como cocaína, GHB, ketamina e ecstasy/MDMA houve aumento na incidência de ISTs.

Conclusão

O estudo mostrou que pessoas que buscam a PrEP já eram vulneráveis às ISTs antes de iniciar a medicação. Apenas 32% delas acham que essa vulnerabilidade aumentou com a PrEP.

O pesquisador considera necessário o acompanhamento das pessoas que usam PrEP para diagnosticá-las e tratá-las sempre que pegarem uma IST. Também precisam de atenção aqueles que já tiveram uma IST na vida, os trabalhadores do sexo e quem faz uso de drogas recreativas. Maior frequência na testagem e métodos adicionais de prevenção contra ISTs são importantes para esse perfil mais vulnerável.