Quando iniciar o rastreamento do câncer colorretal?
Vamos começar explicando o que é esse tal de rastreamento! Ele nada mais é do que a realização de exames para avaliar como anda a saúde intestinal de cada paciente e se há algum sinalzinho que possa indicar o desenvolvimento de câncer colorretal.
Quando queremos investigar ou prevenir problemas no intestino, os exames mais comuns são o de sangue oculto nas fezes, a sigmoidoscopia flexível e a colonoscopia. O de sangue oculto é o mais simples deles mas, infelizmente, costuma apresentar resultados falsos positivos. Mas isso não tira, de forma alguma, a importância que ele tem. A questão é que, dependendo de cada caso, vale fazê-lo em combinação com outros exames.
Já a sigmoidoscopia é um exame minimamente invasivo e que nos dá resultados importantes, mas possibilita a visualização de apenas um terço do intestino. Por isso, o exame padrão para o rastreamento é a colonoscopia, que permite visualizar todo o órgão. Além disso, durante o procedimento, ainda dá para retirar pólipos, que são lesões pré-cancerosas..
A colonoscopia está relacionada à redução de 77% do risco de um câncer colorretal e de 53% da mortalidade pela doença. Por isso, a recomendação é que todas as pessoas façam o exame partir dos 45 anos, repetindo conforme os achados e recomendação médica.
Já para quem tem casos de câncer na família, a colonoscopia deve ser iniciada 10 anos antes em que o caso foi diagnosticado. Ou seja, se o tumor no parente foi diagnosticado aos 45 anos, deve-se iniciar o rastreamento aos 35. Nesse caso, o exame deve ser repetido a cada um ou dois anos.
Toda e qualquer pessoa deve procurar um médico coloproctologista caso sinta alguma alteração intestinal, ok? Para todas as doenças, quanto antes a causa for identificada e tratada, melhor.