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doença de Crohn

Tabagismo e doença de Crohn: existe uma relação?

O tabagismo é considerado fator de risco para o desenvolvimento de inúmeras doenças, entre elas, o câncer de traquéia e o de pulmão. No entanto, não afeta somente o sistema respiratório, trazendo efeitos para diversas partes do corpo, inclusive para o intestino: há várias décadas estudos científicos reiteram que existe uma relação entre a doença de Crohn e o tabagismo.

Fumar piora a doença de Crohn?

Sim. Embora as causas da doença de Crohn sejam ainda muito nebulosas, possivelmente envolvendo uma combinação de fatores genéticos e ambientais, existe um grande acervo de estudos que investigam o tabagismo como um destes fatores. Um artigo de revisão publicado na revista médica Alimentary Pharmacology & Therapeutics apresenta uma série de estudos científicos desde a década de 80 que analisam a relação entre o tabagismo e esta doença inflamatória intestinal. 

Os estudos revisados apontam que a chance de se desenvolver doença de Crohn é duas vezes maior para um fumante do que para uma pessoa que não fuma. É possível também afirmar com segurança que fumantes têm uma manifestação mais agressiva da doença. Estes estudos também apontam para a intensidade do hábito. Um estudo realizado por Cosnes e colegas em 1999 mostrou que fumantes têm mais recorrência de crises da doença do que não-fumantes e ex-fumantes. Além disso, a diferença foi notavelmente maior em pessoas que fumavam mais do que 15 cigarros por dia. Ou seja, “fumantes pesados”, aqueles que consomem uma alta quantidade diária de tabaco, tem ainda mais recorrências. 

Parar de fumar pode ajudar

O fato de uma pessoa que vive com a doença de Crohn ter o hábito de fumar, não significa que tudo está perdido para sempre. É possível melhorar muito o quadro da doença abandonando o tabagismo. Outro estudo realizado em 1999, que acompanhou pacientes durante um período de 1 ano a 1 ano e meio, mostrou que ex-fumantes (pessoas que pararam de fumar há mais de 6 meses) tiveram uma significativa baixa na taxa de crises. Na verdade, outro estudo realizado também por Cosnes, em 2001, revelou que o abandono do tabagismo está associado a uma diminuição de 65% do risco de crises. 

Abandonar o tabaco não é uma tarefa fácil, porém com o auxílio necessário, de serviços de aconselhamento, grupos de apoio e profissionais habilitados a guiar essa transição, é possível alcançar esta realidade.