Tudo o que você precisa saber sobre o câncer colorretal
O câncer colorretal é uma doença que atinge o intestino grosso e o reto. A doença pode se manifestar em homens e mulheres e, na maioria dos casos, acomete pessoas com idade superior a 50 anos. Segundo o Instituto Nacional de Câncer, ele é o terceiro mais comum em homens e o segundo mais comum em mulheres, e a estimativa de novos casos em 2020 é de 40.990.
Em sua fase inicial, a doença é silenciosa. Ou seja, não há grandes sintomas nem sinais de que a pessoa esteja doente. Por isso, a prevenção e o diagnóstico precoce são fundamentais quando falamos desse tipo de câncer. Também chamado de câncer de intestino, o tumor geralmente se desenvolve lentamente, até chegar ao ponto mais crítico.
Origem do tumor
Dentro das possíveis origens do câncer colorretal, há cinco principais pontos de início em diferentes lugares do corpo:
– Adenocarcinomas: os tumores começam nas células que produzem o muco que lubrifica o interior do cólon e do reto;
– Tumores carcinoides: começam nas células produtoras de hormônios que revestem o intestino delgado ou outras partes do trato digestivo;
– Tumores estromais gastrointestinais (GIST): iniciam-se a partir de células específicas na parede do intestino;
– Linfomas: cânceres das células linfáticas que podem se iniciar no cólon, no reto ou em outros órgãos;
– Sarcomas: podem se iniciar nos vasos sanguíneos, no tecido muscular ou conjuntivo na parede do cólon e do reto.
Prevenção
Apesar dos fatores hereditários influenciarem na formação do câncer, a adoção de um estilo de vida saudável e a realização de exames preventivos podem retardar ou mesmo evitar o surgimento da doença.
Por isso, é importantíssimo ter cuidados como manter o peso dentro dos padrões saudáveis, praticar atividade física 30 minutos por dia (combinando, durante a semana, exercícios de intensidades moderada e vigorosa) e manter uma alimentação saudável, com uma dieta rica em vegetais, frutas e grãos integrais, com pouca carne vermelha ou processada e muita vitamina vitamina C e E. Abandonar o cigarro e o álcool também é fundamental para se proteger não só do câncer no intestino, mas de todos os demais.
Outra parte imprescindível da prevenção é o rastreamento da doença, que consiste na realização de exames que possibilitam a antecipação de um possível diagnóstico. Assim, pode-se ter elevadas taxas de cura da doença.
Exames
O principal exame para rastrear o câncer colorretal é bem conhecido: se trata da colonoscopia. Todas as pessoas, a partir dos 45 anos de idade, devem fazê-lo periodicamente. Quem tem histórico familiar ou outros fatores de risco para pólipos ou câncer devem começar a investigação bem antes. O exame é minimamente invasivo e permite detectar a presença de pólipos (benignos ou pré-cancerígenos) e coletar material para a biópsia.
Outros exames importantes são a colonografia (para avaliação interna e externa do cólon e reto), a sigmoidoscopia (para avaliação dos últimos 61 centímetros do intestino grosso) e o exame de sangue oculto nas fezes (ajuda a detectar a presença de sangramentos no intestino grosso). Por isso, caso haja ocorrência de doenças relativas ao intestino entre seus parentes, procure um médico coloproctologista e converse sobre a realização deles.
Tratamentos
A definição do tratamento para tumores colorretais depende do resultado daquilo que chamamos de estadiamento, que é o processo conduzido pelo médico para determinar o avanço do câncer de uma pessoa. A partir desse resultado, estudam-se as melhores possibilidades.
O tratamento pode ser local ou sistêmico. No primeiro caso, as terapias tratam o tumor sem afetar o resto do corpo. São elas: cirurgia, radioterapia, ablação e embolização, que são indicadas, na maioria das vezes, em situações iniciais da doença.
O tratamento sistêmico, por sua vez, acontece com prescrição de medicamentos, administrados por via oral ou diretamente na corrente sanguínea. Eles podem atingir as células doentes em qualquer lugar do corpo. O médico pode optar por combinar duas ou mais abordagens, dependendo das condições clínicas do paciente e das características do tumor.
Aliados ao tratamento médico regular, estão os métodos complementares, como uso de vitaminas, dietas especiais, acompanhamento psicológico, prática de atividade física, massagem etc. Não se trata de métodos alternativos (que substituem as abordagens preconizadas pelas comunidades científicas), mas, sim, de recursos que ajudam a aliviar sintomas e manter a estabilidade emocional/física. Em caso de dúvidas, não hesite.
Procure um coloproctologista e se cuide!