Mais de 1 milhão de pessoas contraíram IST’s em 2019

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) são um problema de saúde pública, tanto no Brasil quanto no mundo. Podem ser causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. As mais comuns são a herpes genital, sífilis, gonorreia, HPV, HIV/AIDS, clamídia, triconomíase, além das hepatites virais B e C.

Dados do IBGE em parceria com o Ministério da Saúde mostram que cerca de 1 milhão de pessoas contraíram Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) no Brasil, em 2019. Além desse elevado número de pessoas expostas às ISTs, temos outras situações preocupantes no Brasil. Veja:

1.Aumento de ISTs em jovens

O Boletim Epidemiológico HIV/Aids mostrou aumento de 64,9% das ISTs entre jovens de 15 a 19 anos  e de 74,8% para os de 20 a 24 anos, entre 2009 e 2019. Estudo da Sociedade Brasileira de Urologia revelou que 41,67% dos jovens não conversam sobre sexo, nem com a família, nem na escola.

A pesquisa também mostrou que 15% dos jovens de 12 a 18 anos já tiveram alguma relação sexual, sendo que 44% não usaram preservativo na primeira vez e 35% não usam ou raramente usam a camisinha. Entre os meninos, 38% afirmaram que não sabem colocar a camisinha.

2.Crescimento contínuo da sífilis nos últimos 10 anos

O Boletim do Ministério da Saúde (outubro de 2020), mostrou que o número de casos registrados da chamada sífilis adquirida (transmitida por meio do contato sexual) passou de 3.925 em 2010 para 152.915 em 2019, principalmente na faixa etária entre 20 e 39 anos.

Em gestantes (uma das formas de sífilis adquirida, tratada separadamente), passou de 10.070 para 61.127. A congênita (transmitida da mulher para o feto), foi de 2.313 para 6.354 nesses 10 anos. É um aumento considerável que traz muitos riscos para a saúde pública.