Cirurgia Robótica
A cirurgia robótica é uma das ferramentas mais modernas existentes no tratamento de doenças que necessitam de uma intervenção cirúrgica. Considerada uma técnica minimamente invasiva, ela é realizada através de pequenas incisões, no geral até 1,5 cm, onde são introduzidos pequenos instrumentos que permitem ao médico-cirurgião reproduzir e controlar à distância, os movimentos no local a ser feita a cirurgia com grande precisão, estabilidade e alta definição de imagem.
É um procedimento seguro que possui dispositivos para impedir ações imprevistas, além de protocolos para desacoplar rapidamente o robô, caso seja necessária a abertura da parede abdominal do paciente que está sendo operado.
A cirurgia minimamente invasiva é assim denominada porque representa menos dano ao corpo do paciente, pelo fato dos cortes serem menores em relação à cirurgia tradicional, resultando em menos chances de complicações, menor tempo de internação e, consequentemente, uma recuperação mais rápida e uma retomada precoce para as atividades diárias e de trabalho.
Praticamente, toda cirurgia realizada por videolaparoscopia em diferentes especialidades médicas, pode ser realizada pela plataforma robótica. A diferença entre elas é que, na videolaparoscopia, é introduzida uma microcâmera que reproduz a imagem da região operada em uma torre vídeo, enquanto o cirurgião está intervindo diretamente no corpo do paciente.
Na cirurgia robótica, também precisamos do chamado “cirurgião de mesa” para a introdução dos braços mecânicos que serão guiados pelo cirurgião principal, que dirige os movimentos através de um “console”, geralmente posicionado a poucos metros da mesa de operação.
Cirurgia Robótica no Tratamento de Doenças Colorretais
A coloproctologia é a área da medicina que trata da parte inferior do aparelho digestivo como o intestino delgado e grosso (cólon), reto e ânus.
Podem apresentar diversos problemas ou doenças, sendo fundamental exames preventivos com a orientação do médico ou médica coloproctologista, como a colonoscopia que pode detectar a presença de pólipos, devendo ser retirados para evitar o câncer de intestino.
Além do câncer colorretal, há diversas doenças infecciosas ou inflamatórias que podem requerer alguma intervenção cirúrgica, por exemplo, a diverticulite, endometriose intestinal, Doença de Crohn, retocolite, etc.
Recomenda-se a cirurgia robótica na coloproctologia, pois alcança grandes vantagens para o cirurgião quando o local a ser operado é limitado espacialmente, ou quando necessitamos de uma precisão maior para manipulação de doenças infiltrativas na parede intestinal, como é o caso da endometriose.
Sendo assim, o câncer do reto inferior, as doenças infiltrativas, como a endometriose e a doença de Crohn, bem como a necessidade de dissecção sobre grandes vasos – como no tratamento dos tumores do cólon direito, que exigem dissecção e ressecções sobre grandes vasos sanguíneos (excisão total do mesocólon), são atualmente preferencialmente operadas através da plataforma robótica.
É um grande avanço da medicina aliada à tecnologia, que permitiu não só a reproduzir os movimentos da mão humana, como ir além. É possível fazer um giro de 360 graus com o braço mecânico, dando maior amplitude para intervir na região afetada com mais habilidade e precisão. As imagens reproduzidas no vídeo são em alta definição, sendo também em 3D e aumentadas em até dez vezes na visão do cirurgião no console, ou seja, no comando da cirurgia.
Se desconfia que está com algum sintoma intestinal ou na região anal e do períneo, agende uma consulta com o especialista em coloproctologia.
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* Dra. Fernanda Elias é médica cirurgiã especialista em coloproctologia, membro titular da Sociedade Brasileira de Coloproctologia, reconhecida pelo seu destaque por instituições prestigiadas na área, com prêmios e publicações internacionais.