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Doenças inflamatórias

Doenças inflamatórias intestinais: como fica o tratamento em tempos de coronavírus

O surgimento da Covid-19 trouxe uma série de preocupações para nós, da comunidade médica. Além de todo o contexto da pandemia, nós precisamos acompanhar, ainda mais de perto, cada um dos nossos pacientes, de olho nos efeitos que essa situação pode exercer sobre eles.

É o caso de quem sofre com retocolite ulcerativa e doença de Crohn. Os portadores de DIIs apresentam maior sensibilidade ao estresse e à ansiedade, sofrendo com a piora dos sintomas da doença intestinal em quadros de instabilidade emocional. Além disso, a interrupção do tratamento medicamentoso e o afastamento do acompanhamento médico podem desenhar um cenário de reativação da doença.

Mais um ponto a ser considerado é a medicação que, em certos casos, acaba interferindo na imunidade. Com isso, muita dúvida foi levantada em relação a um possível aumento do risco de esses pacientes contraírem o novo coronavírus.

Então o tratamento deve ser interrompido?

Porém, um dos estudos recentes a respeito dessa questão, publicado no periódico médico Clinical Gastroenterology and Hepatology, sugere que grande parte desses tratamentos (aminosalissilatos, anti-TNFs, anti-integrinas e anti-interleucinas 12/23) NÃO aumenta o risco de Covid-19.

Cuidados adicionais parecem estar relacionados a outras classes terapêuticas e dependem das doses e da localidade onde o paciente faz o tratamento. Assim, cada caso deve ser avaliado particularmente, já que o controle da doença precisa ser individualizado. 

Somando-se a esse estudo, várias outras evidências reafirmam a importância da NÃO INTERRUPÇÃO do tratamento médico, uma vez que os riscos para esse grupo de doentes são parecidos com os da população em geral, sendo relacionados à presença de comorbidades como diabetes, obesidade e hipertensão.

Como fica a prevenção 

As orientações de prevenção para esse grupo são as mesmas que valem para a população geral: evitar sair de casa, usar máscara, lavar as mãos frequentemente, evitar tocar nos olhos, nariz e boca, limpar objetos e superfícies onde se colocam as mãos, utilizar álcool em gel e evitar locais com aglomerações.

Além disso, manter uma alimentação balanceada e hidratação adequada continua sendo algo fundamental com ou sem pandemia, assim como parar de fumar (se for o caso), evitar o álcool e manter contato com o médico em caso de dúvidas, medos e angústias. Também é recomendado avaliar com o profissional o esquema de atualização das vacinas e alinhar e acentuar os cuidados se houver comorbidades.

Reforçando:

Seguir o tratamento médico nas DIIs é de suma importância agora! A interrupção no uso das medicações e no acompanhamento médico podem ter consequências e, até o momento, não há evidências de que portadores de Crohn e retocolite ulcerativa tenham maior risco para desenvolver a Covid-19. Por isso, o tratamento deve continuar.