Saiba o que é a síndrome do intestino curto
A síndrome do intestino curto é uma condição que resulta de malformações congênitas, doenças adquiridas (doenças inflamatórias e câncer colorretal, por exemplo) ou outras situações (a cirurgia bariátrica é uma delas) nas quais um trecho do intestino é removido cirurgicamente, como parte do tratamento.
Entre os principais sintomas e transtornos do paciente estão dores abdominais, diarreia frequente, dificuldades na absorção de nutrientes e, consequentemente, perda de peso. Eles caracterizam a síndrome do intestino curto nos casos em que até 50% do intestino é retirado.
Já nos casos em que é preciso remover uma porção maior do intestino, que pode chegar a mais de 75% do órgão, o prejuízo na função intestinal é muito intenso, dificultando ainda mais a absorção de nutrientes. Nos casos mais severos, pode ser preciso entrar com nutrição parenteral ou intravenosa.
Alguns pacientes também podem desenvolver complicações como o aparecimento de fístulas ou obstruções do intestino, além de alterações na motilidade do órgão.
Independentemente da extensão de intestino removida, trata-se de uma condição que compromete a qualidade de vida das pessoas. Embora não seja possível reverter a síndrome do intestino curto, o acompanhamento médico adequado permite encontrar maneiras de reduzir os incômodos e o impacto do quadro na vida diária.
Entenda como a dieta é ajustada para amenizar os sintomas
O foco da abordagem terapêutica para contornar os problemas causados pela síndrome do intestino curto está na realização de ajustes na dieta. A demanda nutricional de cada paciente é avaliada individualmente, considerando-se também fatores como a idade e o estilo de vida.
A partir de então, é traçado um plano alimentar para garantir que o organismo tenha acesso às quantidades diárias necessárias de todos os nutrientes essenciais, entre proteínas, vitaminas, minerais, carboidratos e gorduras. A hidratação adequada também não fica de fora desse planejamento.
O equilíbrio entre as porcentagens de cada nutriente é feito considerando-se um total de 25 a 30 calorias por quilo de peso corporal, que correspondem à necessidade energética de um adulto.
Os pacientes são orientados a comer porções menores e mais frequentes, bem distribuídas ao longo do dia. Os carboidratos simples serão evitados, ao contrário dos carboidratos complexos, das alimentos integrais e das bebidas isotônicas, que estarão sempre presentes na dieta.
O mais importante, contudo, é manter uma rotina ativa, fazendo caminhadas ou praticando atividades leves como hidroginástica ou pilates. Isso ajuda a manter uma visão positiva e levar a vida com leveza, apesar das limitações impostas pela síndrome do intestino curto.